quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Champion, Marie Lu

Champion é a conclusão da trilogia Legend da autora americana Marie Lu, que mais um vez conseguiu fazer com que o leitor vibrasse e soluçasse com a sua história.

No fim de Prodigy podemos ver que a República estava em rumo para uma grande mudança, algo novo e bom estava chegando e logo no começo de Champion nós percebemos que de fato as coisas mudaram. Day não é mais um criminoso e sim uma figura pública de muito respeito na República, June continua seu trabalho como uma das ministras do Eleitor e assim eles seguem suas vidas.

Champion, Marie Lu

A reviravolta chega logo no começo quando uma nova praga está atingindo as populações das Colonias e ninguém sabe como parar, as Colonias culpam a República e a República não faz ideia de como essa nova praga se espalhou e aí se inicia uma enorme que guerra que dará espaço para o cenário de grande parte do livro. Marie Lu, como sempre, emerge o leitor em sua história com uma certa dominação nas palavras e descrições que cada cena de luta, ação e explosão pode ser totalmente vivenciado pelo leitor. Confesso que inserir mais uma praga na história não foi algo que eu gostei, a história poderia ter seguido o mesmo rumo ou um melhor sem a intriga da praga, mas de modo geral deu mais ação e novos horizontes para a trama.

Day não é mais o mesmo personagem que conhecemos lá no início de Legend, além de ter sofrido tudo o que a República lhe causou ele ainda tem que lidar com uma doença que até para os médicos é uma incógnita. Mesmo assim nosso querido Day ainda dá tudo de si para salvar a república e principalmente seu irmão Éden, o único membro vivo de sua família. Ver um personagem que outrora fora tão sagaz, audacioso e conquistador e agora em um estado debilitado é um pouco triste, mas Day nos prova que mesmo não estando cem por cento bem ele ainda tem suas habilidades e irá usá-las a todo custo.



June sempre fora a mais esperta, a mais sensata e, literalmente, a mais tudo. Em Champion podemos ver que os fantasmas do passado ainda a assombram e isso faz com que ela reconsidere suas decisões e prioridades para, enfim, servir à um bem maior. Seja acompanhada do Eleitor, seja ao lado de Day ou sozinha ela nos mostra do que é capaz para vingar todas as suas perdas e salvar sua cidade e seus ente queridos, June nos prova que uma personagem feminina pode ser feminina e guerreira sem deixar que uma coisa se sobreponha ou tome conta da outra.

Em nenhum momento a história perde seu ritmo e a ação prevalece do começo ao fim, causando no leitor uma vontade imensa de não fechar o livro enquanto não ler o próximo capítulo e o próximo e o próximo e o próximo.

O final vai chegando e é claro e notável que algo ruim se aproxima, muitas coisas não estão certas e nossos personagens preferidos não estão nem um pouco perto de concluírem suas missões, quando de fato algo terrível acontece, acontece de um jeito inesperado e pega o leitor completamente desprevenido e se ele não for forte (como eu não sou) muitas lágrimas irão rolar.

Repito. Muitas lágrimas irão rolar.

A conclusão para a trilogia poderia ter um final mais “feliz”, algo que mostrasse que tudo sempre dá certo, mas acredito e tenho quase certeza que esse não era o motivo para qual Marie Lu escreveu essa história. Acredito que ela quis passar o quão importante é você lutar por seus ideias e pelo o que acredita, o quão importante é você não se deixar levar por outras pessoas e que apesar de tudo, a sua família sempre será mais importante e que assim como a vida, nem tudo é só felicidade e se algo ruim acontecer você sempre poderá dar um novo começo para sua vida.

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